A calvície é uma das formas mais comuns de alopecia, o termo médico para queda de cabelos ou pelos, uma doença que causa a redução ou a perda total dos fios em determinada área do corpo em que haja pelos, especialmente na cabeça.
A alopecia androgenética ocorre em pacientes predispostos geneticamente a esse problema, e é mais frequente entre os homens, já que eles têm níveis muito mais altos dos hormônios masculinos envolvidos nessa condição. As mulheres também produzem esse hormônio, mas em quantidade bem pequena. Por isso, nelas, os casos de calvície são mais raros e, quando ocorrem, a perda é menos drástica.
Neste período de pandemia e após a liberação das clínicas dermatológicas e de estética pelos órgãos de saúde, a procura por tratamentos de beleza tem aumentado entre os homens, especialmente devido ao estresse, que também causa ou agrava um quadro pré-existente de queda de cabelo.
Fios de cabelo mais finos, diminuição do volume capilar, aparecimento de entradas na parte superior da cabeça e couro cabeludo ficando progressivamente mais aberto. Esses são os primeiros sinais da calvície. Além da queda de cabelo em si, a condição faz com que os fios fiquem mais finos, cresçam menos e percam seu pigmento, resultando em uma penugem de cor clara na parte frontal superior do couro cabeludo.
Nas mulheres, a queda de cabelo também pode estar associada à irregularidade menstrual, à acne e ao aumento de peso, na condição conhecida como síndrome do ovário policístico.
Como seu próprio nome sugere, a alopecia androgenética está relacionado a fatores androgênicos, ou seja, à presença dos hormônios sexuais masculinos, e a fatores genéticos, que são as características de família. Ambos promovem a atrofia dos folículos (bulbos) capilares e aceleram a queda definitiva.
O processo é desencadeado pela presença de altas doses de testosterona, que são convertidas em di-hidrotestosterona, uma molécula que atua nos bulbos e fragiliza os fios. Os fios passam então por um processo de miniaturização, e vão ficando cada vez mais finos até se tornarem imperceptíveis. A calvície não tem cura, mas os sintomas têm tratamento, e é possível estabilizar o quadro. Esse tipo de alopecia se intensifica com o avanço da idade, atingindo até 80% dos homens com mais de 80 anos.
As mulheres também podem apresentar esse quadro, especialmente se desenvolverem a síndrome do ovário policístico, uma doença caracterizada presença de micro cistos nos ovários que causam uma alta produção de testosterona, cujo resultado é a calvície, além da menstruação irregular, acne, aumento de peso e crescimento de pelos no corpo.
Outras causas da queda de cabelos costumam ser o excesso de oleosidade, típico da dermatite seborreica, a aplicação exagerada de produtos químicos, higiene incorreta dos cabelos, distúrbios da tireoide, má alimentação, carência de vitaminas, certos medicamentos e estresse. Após cirurgias, partos e durante as aplicações de quimioterapia, a perda de cabelo pode ser mais intensa, mas é passageira. Nesses casos, cessada a causa, o cabelo volta a crescer.
Os primeiros sinais da alopecia androgenética nos homens podem aparecer entre 17 e 23 anos, e queda é contínua, persistente e irreversível, porque determinada pelos genes que a pessoa herdou do pai e/ou da mãe. Quando os sinais começam a aparecer mais tarde, por volta dos 26 anos, a queda é mais lenta e costuma responder melhor ao tratamento. No entanto, após os 50 anos, todos os homens de uma família geneticamente predisposta irão apresentar queda anormal dos cabelos em maior ou menor grau.
Em geral, a calvície masculina começa na parte da frente da cabeça, formando as famosas “entradas”. Em conjunto com as entradas, a perda dos fios da parte alta atrás da cabeça forma o padrão da calvície masculina. Os cabelos da nuca são os menos afetados pela ação dos hormônios masculinos, razão pela qual estes fios são utilizados nos transplantes capilares.
Diferentemente dos homens, as mulheres não apresentam grande produção de testosterona, e ainda contam com a proteção dos hormônios femininos até a menopausa. Depois, quando os níveis de estrogênio desabam, a proteção desaparece e aquelas com predisposição genética podem manifestar uma queda anormal de cabelos, que apresenta um padrão mais difuso em comparação com o dos homens.
Os cabelos da frente permanecem, mas os fios ficam finos e rarefeitos, especialmente no topo da cabeça, a ponto de, nos casos mais avançados, o couro cabeludo tornar-se visível. As ocorrências da calvície feminina têm aumentado, ainda mais quando se considera o aumento das condições que provocam o estresse e tensão na vida moderna, o excesso de produtos químicos utilizados nas colorações e alisamentos, o uso de penteados muito apertados, e a carência de nutrientes e vitaminas provocadas pelas dietas restritivas para emagrecer.
A queda de cabelo pode ter diversas causas, de modo que o tratamento varia de acordo com o diagnóstico estabelecido pelo médico. Por isso, somente um especialista capacitado pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento.
A calvície pode ser tratada com fármacos como corticoesteróides, vasodilatadores, antiandrogênicos e hormônios cujos meios de administração podem ser na forma de comprimidos, de loções ou pomadas, ou de injeções. Além disso, atualmente estão disponíveis no mercado outros procedimentos tecnológicos que podem auxiliar a recuperação de fios, tais como dispositivos com laser de baixa frequência e eletroestimulação, além de métodos para realizar a microinfusão de medicamentos na pele.
Nos casos mais avançados de queda que não respondem à tratamentos mais convencionais, o transplante capilar pode ser a melhor opção. A técnica, realizada por um médico dermatologista, consiste em retirar os fios saudáveis de cabelo de uma determinada região do corpo e implantá-los, fio a fio, no couro cabeludo afetado, proporcionando um resultado muito natural.
● Minoxidil: é um vasodilatador apresentado sob a forma de loção, que ajuda a bloquear a ação dos derivados da testosterona no bulbo capilar e acelera o crescimento dos cabelos. Como o minoxidil estimula o aparecimento de pelos na face e no corpo, seu uso é contraindicado para as mulheres.
● Alfaestradiol: é um hormônio sexual derivado do estradiol cuja forma de administração é tópica, ou seja, por meio de loção que deve ser aplicada no couro cabeludo. Foi desenvolvida para o uso de homens e mulheres, embora seja contraindicado no caso de mulheres grávidas.
● Finasterida: é um medicamento que foi inicialmente utilizado para reduzir o tamanho da próstata em pacientes com hiperplasia prostática benigna, mas que se mostrou também eficaz nos casos de calvície hereditária. A finasterida é indicada exclusivamente para os homens, pois pode causar má-formação fetal em mulheres grávidas. A própria bula contraindica o uso por mulheres em idade fértil e adverte que mulheres grávidas não devem nem mesmo manusear comprimidos quebrados ou esfarelados.
● Espironolactona: é um diurético utilizado para hipertensão que funciona como um antiandrógeno sistêmico, ou seja, esse fármaco impede ou suprime a produção dos hormônios masculinos responsáveis pela atrofia do bulbo capilar. Está indicado para a calvície feminina.
● Acetato de ciproterona: é antiandrógeno sistêmico utilizado em manifestações graves de androgenização na mulher, como por exemplo, hirsutismo (um aumento da quantidade de pelos em locais comuns ao homem) e alopecia androgenética feminina grave.
O Centro de Tecnologia Capilar conta com tecnologias avançadas no diagnóstico e tratamento de queda capilar, tais como a tricoscopia, que é feita na primeira consulta para o diagnóstico do problema que leva à queda, e o capacete e o pente de LED, terapias que estimulam o aumento do fluxo sanguíneo e a multiplicação celular, fornecendo mais oxigênio e nutrientes para o bulbo, além da microinfusão medicamentosa, da sucção a vácuo, e da mesoterapia capilar.
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